segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cartaxo tem quer ser vice avisa Dirceu, se não der certo PT não apoia sua candidatura Maranhão.

A conversa entre o ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, José Dirceu, o governador José Maranhão (PMDB), o vice Luciano Cartaxo (PT) e o deputado estadual Rodrigo Soares (PT) foi muito diferente do que divulgado pela assessoria do pré-candidato peemedebista. Dirceu foi claro com Maranhão: ou ele aceita o vice do PT ou o partido cai fora da aliança com o PMDB da Paraíba.
Esse foi o resumo da ópera. Para quem acha que essa informação carece de respaldo dos fatos, reproduzo uma frase dita por José Dirceu no almoço na Granja Santana, neste sábado (10.04) ao governador e testemunhada por Cartaxo e Rodrigo: "Maranhão, o PT é um partido vivo. (o compromisso de dar o vice a Luciano Cartaxo) não der certo, nem eu, nem Lula e nem a Dilma podemos segura-lo".
Os prazos para Maranhão estão se afunilando e a candidatura do PT na vice é, sim, uma imposição que ele tem que digerir. Maranhão quer empurrar a decisão para junho, argumentando juntos aos líderes do PT que só nas convenções é que o tema deveria ser tratado.
Pessoas próximas ligadas a Luciano Cartaxo revelaram neste domingo que ele não vai esperar e sabe que Maranhão pode chegar em junho e dizer, por exemplo, que foi forçado a ceder a vaga na chapa a outras legendas aliadas. O prazo que Luciano deu a ele mesmo se esgota no fim deste mês.
Maranhão ainda tentou convencer Dirceu e Luciano de que o PT teria espaço na chapa majoritária, que poderia ser uma vaga de senador (Rodrigo Soares aceita qualquer compromisso, mesmo que seja para ficar fora da chapa majoritária). Dirceu foi mais uma vez direto ao ponto, fazendo ver ao governador que essa discussão de senador já está vencida dentro do PT paraibano. O cargo que o PT reivindica é o de vice - e ponto final.
Essa imposição do PT foi dita aqui no blog e confirmada por três dirigentes estaduais do partido.
Assim, não tem mais para onde correr. Maranhão tem duas opções:
1) Aceitar um vice do PT (e aceitando o PT referenda Luciano Cartaxo);
2) Dizer claramente ao petistas que está quebrado o compromisso e assistir a debandada de sua principal legenda nesse arco de alianças que tenta sustentar.
E ainda tem mais, para encerrar. Não adianta Maranhão dizer que aceita um vice do PT, mas desde que não seja Luciano Cartaxo. Ele saiu referendado do encontro estadual desse final de semana e nem uma convenção trocaria seu nome por outro petista.

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