Funcionários dos Correios poem fim em paralização que durou vinte dias

Depois de mais seis horas de reunião, funcionários dos Correios fecharam acordo com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, e decidiram encerrar a greve da categoria a partir da próxima segunda-feira. Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) estão paralisados desde o dia 1º de Julho. Os funcionários dos Correios saíram do encontro "satisfeitos" com o acordo fechado, mas ressaltaram que este foi apenas um "acordo verbal", que ainda será homologado no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na próxima segunda-feira. Os trabalhadores disseram ainda que, a partir de hoje, será recomendado o fim da greve para os Estados que aderiram à paralisação, mas a greve só acabará efetivamente, segundo eles, se as assembleias locais deliberarem desta forma a partir de segunda-feira. "Estamos satisfeitos com o acordo verbal fechado hoje e por isso vamos recomendar o fim da greve, mas precisamos esperar as assembleias de segunda-feira", disse o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), Manoel Cantoara. No acordo fechado, os trabalhadores conseguiram consenso para os principais pontos reivindicados. Um deles era o pagamento de um adicional de risco no valor de 30% dos salários dos carteiros, ponto que foi acordado hoje com o governo. Além disso, foi fechado o pagamento de uma gratificação fixa de R$ 260,00 para motoristas e atendentes. Eles ainda ouviram do governo a garantia de que não serão descontadas de seus salários as horas paradas durante os 19 dias de greve. "Isso foi conversado até com o presidente da República. Nós vamos substituir as horas paradas por um banco de horas. Os salários não serão cortados, mas todas as horas serão compensadas para recompor a situação", disse o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Também ficou acordado após a reunião que o governo continuará a debater com a categoria a questão do Plano de Cargos, Carreiras e Salário (PCCS), exigido por eles. Segundo balanço da ETC, a entrega de 130 milhões de correspondências estava atrasada até ontem. A adesão da greve era de 17,2% de um total de 108 mil empregados. Já entre os carteiros, em um total de 53 mil, a adesão era de 25,5%. A paralisação teve a adesão de 21 Estados e do Distrito Federal. A expectativa é de que a situação de correspondências atrasadas nos depósitos seja regularizada no prazo de 10 a 15 dias. Redação Terra