O lobista Eduardo Bonifácio Ferreira, acusado de negociar as licitações do Senado, não só cumpria expediente no gabinete do senador Efraim Morais (DEM-PB). Ele também se apresentava como seu assessor, inclusive com um cartão de visita. É o que revela o relatório nº 064/06 do serviço de inteligência da Polícia Federal anexado ao inquérito da Operação Mão-de-Obra.O documento mostra que, em julho de 2006, ao realizar buscas autorizadas pela Justiça, a polícia encontrou um cartão de visita entre os papéis apreendidos com Ferreira. “Durante as buscas foram encontrados os cartões de visita de apresentação do alvo (lobista), sendo que em um deles se diz assessor do senador Efraim Morais”, afirma o texto da PF.Essa é mais uma citação do nome do senador na investigação que foi juntada à ação protocolada em março deste ano pelo Ministério Público na Justiça Federal sob o número 2008.34.00.009164-8. Outros relatórios de inteligência policial, incluídos nesse processo, mostram o lobista abrindo com a própria chave o gabinete de Efraim entre junho e julho de 2006, além de ter sido flagrado trabalhando no local. Na época, Ferreira não era funcionário do Senado.A investigação monitorou encontros entre o lobista e os donos das empresas Conservo e Ipanema para tratar das licitações destinadas ao fornecimento de mão-de-obra terceirizada no Senado. Houve até reunião, segundo a PF, nas imediações do Congresso Nacional. Ferreira teria garantido a vitória dessas empresas nas concorrências. Os contratos, que somam R$ 35 milhões, estavam sob responsabilidade de Efraim, primeiro-secretário, que os prorrogou até o ano que vem. Fonte: correio brasiliense
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário