sábado, 30 de agosto de 2008

Polícia Federal destaca contribuição do Governo do Estado para o êxito da Operação Cascavel

O superintendente da Polícia Federal na Paraíba, delegado Cláudio Ferreira Gomes, destacou, em entrevista coletiva, a colaboração do Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança e Defesa Social e da Polícia Militar, que, em trabalho conjunto, contribuiu para o êxito das investigações da Operação Cascavel, deflagrada nesta sexta-feira (29.08), na Paraíba.
A entrevista ocorreu na sede da Polícia Federal, em João Pessoa, a partir das 16h00 desta sexta. A operação foi realizada em João Pessoa, Campina Grande, Catolé do Rocha, Santa Rita, Esperança e Cabedelo, além de cidades em Pernambuco e Alagoas.
O delegado Cláudio Ferreira Gomes, afirmou que, quando se verificou a participação de agentes públicos (servidores estaduais), por meio de fraudes junto ao Detran, o governador Cássio Cunha Lima foi informado e de imediato solicitou de forma veemente a integração das diversas instituições e que as polícias agissem com todo o rigor.
Conforme declarou, a Polícia Militar participou de forma efetiva em duas outras ações e agora a Polícia Civil agiu diretamente nos autos de prisão em flagrante. "Esse trabalho não teria sido tão exitoso se não fosse essa parceria institucional", avaliou.
O secretário da Segurança e Defesa Social, Eitel Santiago, destacou que o governador Cássio Cunha Lima tem priorizado a integração das polícias em parceria com o Ministério da Justiça, para o combate às ações criminosas, através do Gabinete de Gestão Integrada, criada no atual governo e que tem reuniões mensais. Eitel afirmou que esta integração, inclusive com as polícias de outros estados, resultou no sucesso da Operação Cascavel. Adiantou que a recomendação do governador Cássio é uma só: ser implacável no combate à criminalidade. No caso de servidores estaduais, uma vez confirmada a participação, "os envolvidos serão punidos de acordo com o apurado nos processos", acrescentou.
Já o superintendente do Detran, Paulo Nepumoceno, afirmou que há meses o órgão vinha fazendo investigações de casos suspeitos. Ele afirmou, inclusive, que tem recebido ameaças de morte. E acrescentou que, desde o início, técnicos da informática do Detran estão colaborando com a ação da Polícia Federal.
De acordo com a Polícia Federal, os servidores investigados e presos eram responsáveis por Certificados de Licenciamento e Registro dos Veículos - CRLV, expedidos pelo Detran-Pb, na base estadual do Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM), com o apoio de falsas perícias elaboradas pelo Instituto de Polícia Científica - IPC - de Campina Grande, além da expedição de carteiras de habilitação.
As investigações tiveram início em fevereiro, com prisões de assaltantes de veículos inclusive em outros estados. A partir daí foi montado um trabalho integrado.
A Procuradora de Justiça da Paraíba, Janete Ismael, revelou que a Operação teve a participação do Ministério Público através do Grupo de Combate ao Crime Organizado, que em seguida encaminhou as investigações para a Polícia Federal. Os mandados de prisão temporária e de apreensão e busca foram expedidos pelo juízo da 6ª Vara Criminal de João Pessoa.
A Operação Cascavel culminou com a prisão temporária de 34 pessoas envolvidas em adulteração de veículos e expedição de carteiras de habilitação junto ao Detran (dois ainda não cumpridos), e a execução de 60 mandados de busca e apreensão. O delegado também elogiou o trabalho do Ministério Público Estadual, da Polícia Rodoviária Federal e a colaboração do Detran na operação.
Foram apreendidos na operação 30 veículos, sendo dois com registro de roubo, e vinte e oito com chassis raspados, além de oito motores e farta documentação que comprovam os crimes. O delegado Cláudio Ferreira disse que devem existir cerca de mil veículos fraudados pelo grupo criminoso que atua em pelo menos dez estados.Vários carros foram localizados em sucatas, a maioria de Campina Grande.
O superintendente da Polícia Federal afirmou ainda que caberá ao Ministério Público Estadual verificar a viabilidade ou não de representação pelas prisões preventivas. Estão detidos seis funcionários do Detran, sendo cinco da Ciretran de Campina Grande e um da sede do órgão em João Pessoa. Um policial militar também foi preso por envolvimento. Fonte: Hermes de Luna

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